sexta-feira, 18 de março de 2011

Ambulantes: Alguns faturam até R$ 4 mil/mês

Por Raysa Soares
Todos os dias várias barraquinhas invadem o espaço externo do campus de Brasilia da Universidade Paulista (Unip). São vendedores ambulantes que oferecem aos alunos diversos tipos de lanches e até produtos de vestuário.
A banquinha da Tia Helena é umas das mais movimentadas, com um cardápio variado que oferece inclusive refeições completas. Ela tem 10 filhos, dos quais 3 trabalham com ela no lanchinho. Tia Helena diz que arrecada cerca de R$ 4 mi por mês com a venda dos lanches, mas diz que com uma família tão grande não sabe muito bem o que é lucro.
Poliana Silva e o marido também batem ponto todos os dias em frente à Universidade. Desde 2006 eles vendem sanduiches e bombons. A ambulante não tem outro emprego e fala que tem que ter muita organização financeira para ter dinheiro durante as férias.
A maioria dos vendedores ambulantes da Universidade garante que está totalmente legalizada, mas nem todos apresentam os requisitos mínimos de higiene, como o uso de luvas e toucas. Mesmo assim, os estudantes aprovam as barraquinhas.

Cristiane Garcia, estudante de Ciencias Biológicas, diz que prefere comer no comércio ambulante a lanchar dentro da Universidade.

“Nas barraquinhas o preço é mais justo e a variedade de lanches é bem maior”, afirma.

Da comida oriental ao tradicional cachorro quente

Ambulantes da Unip recorrem à diversidade no cardápio para atrair clientela

Por Mirelle Pinheiro

A Universidade Paulista (Unip), campus de Brasília, se tornou um dos pontos preferidos para o comércio. Atualmente, cerca de oito ambulantes montam tendas, trailler, ou até mesmo mesas improvisadas para vender as mais variadas mercadorias.

Rafael Lemos vende Yakissoba há três anos em frente à Faculdade. No início, ele contava apenas com uma barraquinha e poucas cadeiras, hoje o comerciante tem uma estrutura melhor. Segundo o ambulante, a nova instalação facilita a atividade dos funcionários na preparação dos alimentos. Isso garante um ambiente mais limpo e conforto maior para aqueles que frequentam o local.

Além do prato principal (que é uma especiaria oriental feita com macarrão), outros atrativos são oferecidos.Lá são comercializados sanduíches, cachorro quente, arroz carreteiro e galinhada. Também há bebidas para o acompanhamento.

A atenção aos clientes é prioridade. O comerciante diz que é prazeroso  servir os estudantes da universidade. Ele é muito simpático com a freguesia. Tal atitude o estimula para que venha todos os dias. Rafael conta com dois funcionários para atender cerca de 300 estudantes por noite. Além disso, o mesmo possui três traillers, distribuido entre Areal, Águas Claras e Taguatinga. Todos situados em frente a escolas. Também oferece serviços de buffet com especialidades variadas.

O comércio ambulante no estacionamento da UNIP, não se limita apenas a refeições. Lídia Perez vende bolsas e carteiras há mais de dois anos e conta que quem a incentivou foi a filha. A moça, na época, estudava na faculdade. A ambulante afirma que sua grande preocupação é com a fiscalização. Ela tem medo que seus produtos sejam apreendidos.

Há três semanas a lasanha de dona Conceição, uma outra ambulante, caiu no gosto dos universitários, "O comércio aqui na universidade é lucrativo e a movimentação é grande" afirma. O que antes era vendido no porta-malas do carro, hoje, ganhou uma tenda, mesas e cadeiras para atender melhor sua clientela.

Jamile de Sousa é cliente assídua de um das barracas que vendem cachorro quente, "Prefiro lanchar fora da universidade, porque a diversidade é maior e é mais barato e acaba sendo um ponto de encontro para os colegas" conclui.

Barraquinha lucrativa em frente à Unip

Por Thaiene Lauren

Nos arredores da Universidade Paulista – UNIP de Brasília, na quadra 913 Sul, há grande concentração de vendedores de lanches. Segundo Rafael *, que atua no local há dois anos,  a faculdade é a melhor da Asa Sul para o ofício, com maior número de pessoas transitando no local. Ele chega a atender até 250 alunos por noite.

O vendedor tem ainda mais dois pontos fixos, além de trabalhar em eventos no período de férias e aos finais de semana. Ele possui registro na Administração de Brasília. Este também é o caso da barraca “Helena X-Burger”, que está na área há 12 anos, desde o tempo do Cesubra - antigo nome da Unip.

A empresa dela é familiar  e chega a faturar R$ 400,00 de lucro por dia, visto que chega no local às 14h30 horas, deixando-o às 21h40.

Na opinião dos alunos, as opções de lanche fora da faculdade são mais atrativas, principalmente pelo preço mais acessível e pela variedade oferecida, já que são vendidos diferentes tipos de comidas, como cachorro-quente, sanduíches, crepes, yakissoba, arroz carreteiro, lasanhas, bolos, chocolates, açaí, salada de frutas, entre outros.

É bom lembrar que é sempre importante ficar atento às condições de higiene oferecidas pelos atendentes. As pessoas devem se atentar sobre a armazenagem e o manuseio de produtos. 

Em frente à Unip, carro é transformado em comércio

Carros se transformam em barracas ambulantes
Por Patrícia Quixabeira

Nas calçadas das universidades é comum encontrarmos veículos que foram transformados em comércio. A reportagem constatou em frente a faculdade Unip vários carros ambulantes.

Entre esses vendedores informais está seu Cícero, que tem ponto fixo há 10 anos no mesmo local. Ele vende churrasquinhos. Com aumento do seu negócio, montou outra barraca na 316 Sul.

Todos os dias ele estaciona o carro, uma Parati, monta a barraca e vende churrasquinhos e bebidas.  Para atender a demanda, chega ao local às 17h, o que deixa seus clientes satisfeitos.

A precariedade do local onde se servem os alimentos foi algo que chamou a atenção da reportagem. As condições de higiene no ambiente, com instalações que não se adequam as exigências da vigilância sanitária foi algo que se destacou. Os funcionários somente usavam avental e toucas. Mas o principal,  que são as luvas, ninguém utilizava. Eles manuseavam o dinheiro e a comida com a mesma mão.

As condições da barraquinha não são impedimento para que os estudantes deixem de achar o churrasquinho do Cícero muito saboroso. Prova disso são os mais de 200 churrasquinhos que ele vende por noite. Perguntado sobre o que ele faz nos recessos escolares, ele respondeu que busca alternativas, como a organizações de eventos.

“Até porque o ponto é muito tranquilo e é um ponto que a gente sempre vende”, diz Cícero. Para manter a legalidade, o proprietário do churrasquinho buscou junto à Administração de Brasília autorização para funcionar no local.

Variedade chama atenção no comércio em frente à Unip

Yakissoba, cachorro quente, churrasquinho. Por ai vão as opções de lanches nas imediações da faculdade
Tamires Marinho
Por volta das 18h, quem passa pela Universidade Paulista (Unip), localizada nas entrequadras 913/914 Sul, pode conferir a grande movimentação de ambulantes no local. Atualmente, cerca de oito pontos fixos oferecem um cardápio variado a seus consumidores que vai de churrasquinho a yakissoba. O crescimento também é motivado pela quantidade de estudantes que frequentam e aprovam a permanência dos ambulantes nos arredores da universidade.
Um dos pontos mais famosos é o da Tia Helena, que já está no local há mais de 12 anos. Ela trabalha com sua família, seu marido, seus irmãos e seus dez filhos. Conta que, apesar de ser um trabalho intenso, tendo que atender a vários alunos ao mesmo tempo, é também gratificante. Muitos estudantes já a conhecem pelo nome e vice-versa. “A gente acaba virando amiga dos alunos que vem aqui todos os dias, é bom saber que eles confiam no nosso trabalho, por isso voltam sempre”, conta Helena.
Dignidade e trabalho
Em 2009, durante uma operação da polícia, Helena e outros ambulantes tiveram seu material de trabalho recolhido. Diante disso, os alunos da Unip fizeram um abaixo-assinado, que contou com mais de 3 mil assinaturas para que ela pudesse voltar a trabalhar. Atualmente, Helena atua com registro, paga impostos e responde como micro-empresária.
“Acreditamos que, com dignidade e trabalho, podemos realizar muitos sonhos e assim alcançar nossos objetivos”, acrescenta.
O lucro dela é, em média, R$ 400 por dia, a maior parte dele é arrecadada no período da noite, quando a movimentação na faculdade é maior. Muitos alunos saem do trabalho e não têm tempo para ir em casa antes da aula. Lanchar na faculdade acaba sendo a única alternativa, como afirma a aluna Gabriella Desirée: “Passo o dia inteiro no trabalho, chego na faculdade às 18h30 e dou graças á Deus por ter tantas opções de comida por aqui”.

Cícero e o orgulho de ser ambulante

Comerciante atua em frente à Unip há 15 anos

Gabriella Desirée

Quem estuda  na Universidade Paulista (Unip). no campus de Brasília, pode contar com diversas opções de alimentação. Todos os dias as famosas " barraquinhas" disputam entre si a preferência dos alunos para seus produtos, que variam de roupas à alimentação.

O horário de maior movimento é à noite, pois geralmente as pessoas já saem do trabalho e vão direto para as barraquinhas de sua escolha. Para melhor atender seus clientes, os ambulantes usam a qualidade e seus segredos para deixar um gosto de quero mais, com isso não se preocupam com mais nada.

Orgulho de ser ambulante
Há mais de quinze anos, Cícero Bezerra, monta sua barraca ao lado da UNIP ás 17h e encerra seu expediente ás 22h. Ele vende churrasquinho juntamente com sua esposa e mais um funcionário e tem orgulho de ser ambulante.Além da tarefa de receber e servir, o casal se reveza na tarefa de cuidar do filho, que permanece boa parte do tempo no carrinho de bebê.

Mesmo sendo registrado, o comércio deles já foi apreendido seis vezes. Cícero e a esposa, mesmo assim, resolveram continuar com seu trabalho. Eles mantém ainda outra barraca localizada na 903 Sul. "Faço meu trabalho com dedicação todos os dias e não  me importo com a concorrência, pois a renda que tenho chega a R$ 200 nos dias de baixo movimento" afirma Cícero.

O estudante Thiago Silva, que cursa o sétimo semestre de direito, conta que as lanchonetes da Unip têm preços elevados, se comparados com os do comércio irregular em frente à universidade. "Além da variedade que tem lá fora,  ainda existem mais opções de pagamentos, como a utilização de máquina para débito e crédito, recurso este que a faculdade oferece apenas em um de seus três estabelecimentos, mas que, vez por outra, não funciona", relatou o aluno.

Ambulantes atrapalham vendas de comerciantes legalizados

Por Danillo Costa
Os comerciantes da Universidade Paulista vêm enfrentando problemas por causa dos ambulantes que se instalaram do lado de fora da instituição. Os empresários alegam que os autônomos não têm alvará de funcionamento, não pagam impostos e nem aluguel de um ponto fixo.
No período noturno, a maioria dos estudantes prefere comer do lado  externo da faculdade. Eles alegam que o preço sai mais em conta e o cardápio oferecido tem mais opções. “Para quem busca uma pequena refeição, os ambulantes oferecem qualidade a baixo preço”, explica a estudante do curso de jornalismo Suellen Siqueira.
O comerciante Walker Palmeira, 45 anos, tem uma lanchonete há dois anos dentro da instituição e afirma que o comércio ilegal instalado do lado de fora do campus atrapalha as vendas. “Eles não têm dívidas como as que nós temos. Isso justifica o baixo preço. A maioria trabalha em família e não paga funcionários", reclama.
Questionado quanto às providencias que os estabelecimentos internos tomam para combater a ilegalidade, o empresário falou sobre sua posição. “Eu nunca fiz denúncia alguma. A própria universidade já tomou esta decisão, mas sem resultado algum. Eles voltam no outro dia”, conta Walker.
Presente nos arredores da Unip há 10 anos, o autônomo Eduárcio Almeida, 37 anos, afirma que tem alvará de funcionamento e razão social. 

“Esse terreno é público e a faculdade não tem nenhuma relação com isso. Estamos dentro da lei, somos filiados ao sindicato dos treilistas de Brasília", garante ele, para em seguida acrescentar que abandonou o ramo do turismo para seguir os passos do pai, também ambulante na Unieuro.

Ambulantes fogem de impostos e correm da fiscalização

Por Débora Sampaio

Em frente à UNIP o comercio informal funciona normalmente


O comércio informal é uma das atividades mais antigas. No Brasil, muitos vivem dessa fonte de renda, seja por falta de trabalho formal ou até mesmo por opção destes próprios comerciantes. Eles se aglomeram nas ruas afim de escaparem dos importos e aluguéis.

Segundo Paulo Roberto, que é vendedor ambulante há mais de 20 anos, o mercado informal é lucrativo e segundo ele, a fiscalização é severa, porém não acontece com frequência e isso o faz ter confiança em investir em seu estabelecimento, mesmo sabendo que não está legalizado. Ele tem uma barraca de cachorro quente e salgados em Brasília em frente a Universidade Paulista( UNIP), 

"É muito dificil a fiscalização vir até aqui, mas se eles vem eu vou embora e depois no outro dia estou de volta", diz o ambulante.

Assim como ele, em frente à UNIP há uma série de outros ambulantes. São vendedores de bolsas e há até aqueles que servem prato feito. O comércio informal deixa, muitas vezes, os donos de lanchonete que ficam no interior da faculdade, e que pagam os impostos, com uma clientela menor.

Adriano, aluno do terceiro semestre de Sistema da Informação da UNIP, opta por comer nas barraquinhas do lado de fora por ter um preço mais acessível. Ele alega ainda que o lanche é mais saboroso e tem muitas opções.

Na tentativa de evitar este tipo de comércio, o governo do Distrito Federal tem construído shoppings populares para colocar vendedores ambulantes, mas algumas vezes não dá muito certo e eles voltam para as ruas.

De baleira à vendedora de estrogonofe

Por Monssy Gardney

Domingas Lopes, ou “tia” como é mais conhecida atua como ambulante há 13 anos. Tem o seu ponto localizado em frente à UNIP. Começou vendendo balas, hoje vende lanches e possui um cardápio variado atraindo, assim, bastante estudantes.
Apesar de só começar a trabalhar no fim da tarde, a comerciante acorda cedo, às 6h, para preparar o que será vendido à noite. No cardápio, cachorro quente, crepes, sanduíches, macarronada, estrogonofe de frango e de carne, refrigerante, água e suco. Sem esquecer-se das balinhas, com as quais ela começou seu negócio.
“Tia”, juntamente com seu esposo, enteado e um funcionário, começam a vender seus produtos às 17h. Antes, porém, armam a lona, preparam os equipamentos, colocam as mesas e cadeiras. Todos usam toucas, luvas e aventais, priorizando a higiene no atendimento aos seus clientes. Ela afirma: “O que ganhamos aqui supre as nossas necessidades".
Sua clientela é fixa.“O tempo todo tem clientes, porém no intervalo o número aumenta” acrescenta a ambulante.

Os estudantes que fequentam o local aprovam a comida, a higiene e principalmente o atendimento. Além desta atividade, a comerciante presta serviço de buffet em festas de aniversário, mas esclarece que não é com frequência.
A incerteza
Domingas Lopes diz que o grande problema é a fiscalização. Ela relata que há dois anos teve suas mercadorias apreendidas por duas vezes, num espaço de quinze dias, mesmo pagando a taxa cobrada pela fiscalização. Hoje tal valor é repassado a uma associação. Mesmo assim guarda com ela uma liminar para apresentar, caso a fiscalização apareça.

Funcionário do Senado durante o dia. À noite, ambulante

Por Ailane Silva
Pelo menos 12 barracas instaladas em frente à Universidade Paulista (UNIP) comercializam desde o cachorro-quente até bolsas e bijouterias.
Rafael Lemos é um destes ambulantes. Dono do Yakissoba – Drive, é funcionário do Senado Federal durante o dia e, à noite, vende lanches.

“Trabalho aqui há três anos atendendo alunos, professores, funcionários e até os moradores. A média de clientes, em dias mais cheios, é de 400 a 450 atendimentos. O menu mais vendido é o Yakissoba”, disse.
Ainda segundo ele, a banca possui autorização para funcionar. “Hoje a empresa é registrada e licenciada pelo Governo do Distrito Federal. Eu também sou associado à União dos Proprietários de Trailers, Quiosques e Similares do DF (Unitrailer)”, confirmou, ao mostrar o documento emitido pelo órgão.
Rafael Lemos contou ainda que tem outras bancas, mas não tem a intenção de deixar o comércio ambulante para se dedicar apenas ao seu trabalho. “Eu tenho mais três barraquinhas, localizadas em Taguatinga, no Areal e em Águas Claras. Emprego dez funcionários. Nós também recebemos convites para trabalhar em eventos”, conta.
Fiscalização
A Agência de Fiscalização (AGEFIS) orienta que os ambulentes que ainda estejam com a situação irregular junto ao Governo do Distrito Federal e à União dos Proprietários de Trailers, Quiosques e Similares do DF (Unitrailer) procurem o órgão para solicitar a autorização de funcionamento. A medida evita que em possíveis operações de fiscalização não causem trantornos.

Aula às 19h20

Próxima aula ocorre às 19h20 desta sexta-feira (18)

Inaugurada Agência de Notícias

Foi inaugurada hoje (18) a agência de notícias dos estudantes de jornalismo da Unip - campi Brasília. Será um espaço dedicado à divulgação do material produzido por estes estudantes da disciplina Agência de Notícias, lecionada pelo professor William Passos.

Estes estudantes cursam o 4º e o 5º semestres.

Boa leitura

O editor