sexta-feira, 1 de abril de 2011

Higiene é respeitada

Os vendedores chamam atenção, não só pela quantidade, mas pela variedade e criatividade de cada um.

Talita Casimiro
Há tempos que comerciantes e ambulantes procuram na frente da Unip um lugarzinho para comercializar seus mais diversos produtos e assim ganharem seu sustento e de sua família. Têm lanches, bijuterias, roupas, bolsas até bebidas alcóolicas. São tantas variedades que fica difícil até escolher onde comprar e o que levar.
Um destes vendedores é Rafael Carvalho, que trabalha com dois funcionários em um trailler. Ele batizou o comércio com o nome de um dos produtos que vende: Yakissoba. A equipe chega às 16h e fica até meia noite.

Os funcionários são registrados e trabalham há mais de dois anos em frente à Unip. O dono não revelou o lucro, mas afirmou que o movimento noturno é bem maior que o diurno. Todos ali atendem cerca de 250 alunos por noite. A reportagem observou que normas de higiene são respeitadas. Eles usam avental, máscaras e luvas.

Ele conta que escolheu a instituição porque é a melhor, na sua opinião, e tem bom número de alunos.

Apesar de alguns comerciantes não terem autorização e não serem registrados há uma explicação para o crescimento desenfreado desses estabelecimetos, uma vez que, dentro das universidades os lanches são mais caros e por consequência menos visados. Como afirma o estudante de Direito Carlos Felipe, “além de mais gostoso o lanche aqui fora é bem mais barato”.
Se por um lado o comercio em frente à universidade é bem atrativo, por outro os consumidores também não deixam a desejar, pois é como já dizia o filósofo Henri Lacordaire “Por toda a parte onde se quer vender, o homem encontra compradores.”

Ambulantes: Regularizados reclamam dos "sem permissão"

Por Rosangela Barros Fernandes

O comércio ambulante ao lado do estacionamento da Unip, localizada na Asa Sul, diariamente, oferece aos seus consumidores produtos diversos. Podem ser encontrados lanches rápidos, refeições e até bolsas. Os clientes são alunos, funcionários da universidade e moradores das proximidades.

Diariamente, entre sete e nove pontos de comércio ambulante atendem centenas de pessoas, a exemplo do estudante de Educação Física, Édipo Cardoso Lopes,  que há pouco mais de um ano, lancha quase todos os dias em qualquer “quiosque”. Ele aprova a permanência dos ambulantes e disse ainda que a concorrência faz baixar os preços, desde que seja bom para todo mundo e não haja cartel.

No local, vendedores, alguns autorizados, dividem espaço com outros, que nem pemissão têm para trabalhar. Muitos deles não utilizam material básico de higiene. As barraquinhas são improvisadas em kombis cobertas, trailer e porta-malas de carro.

O embate
Há dois anos e meio Lídia Peres da Silva,duas vezes por semana vende bolsas e carteiras. Ela é uma das que transformaram seu veículo em comércio. Lídia não tem autorização da Administração de Brasília. Afirma ter medo da fiscalização e que já teve seu pedido de regularização negado.

Por outro lado, os comerciantes Maria Orlene e Cícero Bezerra, há 15 anos vendem churrasquinhos em frente à Unip. Trabalham com permissão do GDF, de 2ª a 6ª feira, das 14h as 22h. Também são registrados na Unitrailer (Associação dos Quiosques de Brasília), juntamente com os vizinhos do crepe e do cachorro quente.

Cícero reclama da concorrência desleal. “Antigamente dava lucro, mas depois que infestou de ambulantes ilegais não dá. Não faço mais que R$150,00 em média por noite”. Para ele, se a fiscalização frequentasse o local seria seria melhor para os regularizados. Alegou ainda ter perdido clientes com a saída de estudantes da Unip para outra faculdade.

Ambulante diz que não tem lucro. Sebrae rebate a informação

Por Luiz Felipe Bucar

Para quem acha que os preços em lanchonetes de faculdades são abusivos existe uma explicação. O dono do D' Melos Lanches, localizada na Universidade Unip, no campus de Brasília, tem uma justificativa.

"Os valores são um pouco mais caros por causa dos encargos de aluguel mais despesas do estabelecimento", explica.

Por conta destes gastos, os  alunos acabam procurando os ambulantes, que ficam do lado de fora da Universidade. Um dos horários em que o movimento é maior é antes do início da aula e no intervalo do periodo noturno.

Outro ambulante, que é o dono do "Tia Helena lanches", Eduarcio, disse ser legalizado e que seu comércio não é lucrativo. Pois, relata que recebe ajuda da familia para manter o negocio funcionando.

"Meu trailler de lanches possui alvará de funcionamento", garantiu. Disse também que trabalha nesse ramo há dez anos. 

Sebrae diz que comida dá lucro
Diferentemente do que disse Eduárcio, o Sebrae DF, que é a entidade que dá consultoria a pequenos empreendedores, informa em seu site que o ramo de lanches em Brasilia é o mais rentável  entre todos os segmentos do mercado. O faturamento médio mensal é de: R$ 15 mil. A margem de lucro sugerida é de 30%.

O Sebrae diz ainda que o investimento inicial é de R$ 30 mil. 

Comerciante legalizado reclama de ambulantes em frente à Unip

Por Loane Bernardo
O comercio ambulante que está localizado em frente à UNIP, campus Brasília, nos últimos anos, vem causando polêmica entre alunos, professores e os comerciantes que atuam na praça de alimentação da Universidade. Este último é legalizado e fica no subsolo da instituição. Os vendedores externos permanecem sem autorização e possuem uma grande clientela que sustenta o comércio ilegal e incentiva mais comerciantes a se instalarem em um local público.
Os preços, a variedade e o atedimento são levados em consideração pelos alunos, pois a maioria deles recorre a esse tipo de alimentação: sanduíches e comidas rápidas. Os vendedores ambulantes bolam promoções atraentes como comprar um sanduíche e ganhar um refrigerante para atrair a clientela. Também atendem bem os alunos e possuem máquina de débito.
Danillo Costa, aluno de Jornalismo, diz que as lanchonetes da universidade perdem os clientes por não terem variedade no cardápio. Também é levado em consideração, segundo Danilo, que a comida não é preparada na hora, o ambiente é morto, o atendimento é ruím e que a única forma de pagamento é em dinheiro.

 “Lá fora é o lugar onde todos se reúnem para o lanche e o ambiente é bem mais descontraído, por isso prefiro a barraca da Tia”, comentou ele.
Segundo o ambulante Eduárcio, ele trabalha na área externa da faculdade há 10 anos,. juntamente com a mulher e os filhos. Ele afirma que é um trabalho regularizado pelo GDF, com alvará de funcionamento e que o ponto é da família há anos. O comerciante disse que a clientela é fiel. Também afirmou que elabora os sanduíches de acordo com o perfil dos alunos e que os preços sobem conforme o reajuste dos preços dos alimentos.
Walker Palmeira, o dono da lanchonete D’Melo, que fica no interior da Unip, relatou que vem sendo prejudicado pelos ambulantes, pois paga impostos, funcionários e o aluguel da loja. Palmeira possui alvará de funcionamento do seu estabelecimento. Seu gasto é alto, e o comércio ambulante atrapalha suas vendas.

O comerciante disse ainda que todos, lá fora, trabalham de maneira irregular e que, há aproximadamente dois anos, eles fugiram da fiscalização. Depois voltaram com força total.

“Sinto-me prejudicado”, declarou.

Ambulante chega a trabalhar 15 horas por dia

Por Ivanilde Marques
O comércio ambulante assegura o sustento de muitas famílias. Algumas delas, muitas vezes, não encontraram outra alternativa para buscar o seu sustento. Este é o caso de Nori Souza, que trabalha em frente à Universidade Paulista (UNIP), vendendo açaí.
“Estou trabalhando aqui há dez meses. Vim porque estava desempregado e surgiu a ideia de vender acaí. Chego às 6h30 e vou embora às 21h30. O que eu ganho dá para suprir melhor as despesas do que se eu trabalhasse com carteira assinada”, contou.
Helveco da Costa , dono da Chapolim Lanche, também se dedica apenas à barraquinha. Há 13 anos, ele era funcionário de uma gráfica, mas o salário não era suficiente para pagar suas despesas. A ideia inicial era de continuar no trabalho ecomplementar a renda vendendo lanches. Mas o lucro obtido foi tão satisfatório que ele deixou o trabalho e investiu na comercialização ambulante.
 “Eu ganhava muito pouco. A solução foi complementar a minha renda vendendo cachorro-quente e sanduiche. Depois percebi estava ganhando mais dinheiro com isso e deixei o outro serviço. Agora só trabalho aqui mesmo e até me especializei em vender crepe”, disse Costa.
Legalização
Para vender qualquer tipo de mercadoria em espaços públicos é necessário estar regularizado pelo GDF e também se associar à União dos Proprietários de Trailers, Quiosques e Similares do DF (Unitrailer). Quem aprensenta a liminar garante o direito de trabalhar e sua permanência no local.

Ambulantes na Unip: Higiene nas barracas e ocupação do estacionamento causam polêmica

Por Reges Farias

Rosemeire Lima é ambulante há 1 ano, trabalha vendendo pães de mel no estacionamento da Unip.

"Optei pela a venda do pão de mel, pois fiz um curso na intenção de fazer os pãezinhos para os meus filhos e familiares, mas o orçamento encurtou então achei legal unir o útil ao agradável e ganhar dinheiro com uma coisa que faço bem", relatou a ambulante.

A comerciante afirma que a higiene é primordial na produção do produto."Trabalhar com comida requer diversos cuidaddos. Uso luvas de silicone para não ter contatos com a pele durante a produção e nas vendas", garante.

Ela acrescenta que não ficou rica ainda, mas alega que dá para ganhar um certo "dinheirinho". "Não ganho mais,pois decidi fazer uma pão de mel de qualidade, mesmo custando um pouco mais", explica.

Opinião do comsumidor
Paulo Vitor França, estudante de adminstração, diz que é a favor dos ambulantes em frente à faculdade,pois não vê problema algum com os mesmos. Ele conta que nunca teve problema com os vendedores nem com os alimentos.

Kaio Fernando,estudante de enfermagem, relata também que nunca teve problemas com o lanche,mas reclama da falta de vagas no estacionamento disponíveis em frente á instituição.Pois alguns ambulantes tomam conta dos espaços destinados aos carros que, muitas vezes, são marcados por cones.

Preocupada com a qualidade dos alimentos fornecidos em frente ás faculdades de Brasília, a vigilância sanitária juntamente com a Administração de Brasília, estuda uma forma de cadastrar os vendedores de rua do Distrito Federal.