sexta-feira, 29 de abril de 2011

Boa parte dos ambulantes tem parentes matriculados na Unip

Por Carolina Alves
O comércio ambulante da Unip está cada vez mais variado. É possível encontrar lanches rápidos, comida, bombons, roupas, bolsas e bijouterias. Pode-se perceber que há companheirismo entre os ambulantes. Não tem aquele espírito de competitividade, de querer vender mais que o outro, pelo contrário, as pessoas se ajudam e isso é fácil de notar.
Instalada em frente à Unip, há mais ou menos três semanas, dona Conceição Marlene de Matos vende refrigerante, lasanha, escondidinho, empadão e bolo. Começou com duas mesinhas e algumas cadeiras, e agora, preocupada em satisfazer seus clientes, já prepara uma barraca para melhor atendê-los.

Um dos motivos de ter escolhido a instituição de ensino é porque seu neto estuda na faculdade. Então, ela aproveita o horário da aula para trazê-lo e fazer suas vendas. Dona Conceição diz que o tempo ainda é curto, mas afirma que já pôde perceber um retorno financeiro, pois a procura por seus lanches tem crescido a cada dia.
Já são cinco anos trabalhando com isso e contando com a ajuda de sua filha Marilene, que se encarrega de fazer os lanches. Além de estar na Unip todos os dias, no turno da noite, dona Conceição também vende seus lanhches para professores em escolas públicas e garante que faz sucesso. Alega que tudo é muito bem preparado.
Fiscalização continua sendo um problema
A vendedora de bolsas e carteiras Lídia diz ser fiel a seus clientes, mas nem sempre pode estar na faculdade pelo medo de ser pega pela fiscalização. Então, optou por trabalhar no período da noite às quartas e sextas-feiras porque pela manhã ela se sente mais exposta. A ambulante só possui licença para trabalhar em um estacionamento que fica no Cruzeiro. E por ter produtos mais caros, não quer correr o risco de ser flagrada pelas autoridades e, assim, ter um grande prejuízo.