sexta-feira, 25 de março de 2011

Ambulantes preferem comércio noturno por causa do movimento de alunos

Ausência de fiscalização no período noturno na porta das universidades de Brasília faz aumentar comércio irregular

Por Rafael C. Rodrigues

Conceição Marlene, de 43 anos, vende lasanha, empada, escondidinho, bolo com pudim e suco, com preços variáveis entre R$ 1,50 e R$ 3,50. Tudo é servido em pratos descartáveis. A comercialização é feita no estacionamento externo da Universidade Paulista (UNIP) somente no período noturno entre às 19h e 21h30 de segunda à sextas-feiras.

A ambulante afirma que prefere o local para as suas vendas porque o seu filho estuda na universidade, facilitando então a sua volta para casa.

O que é oferecido no lado externo da faculdade é uma alternativa às opções de jantar que são servidas no subsolo da universidade, que conta com uma praça de alimentação ampla.

Conceição oferece variedades em seu cardápio. Ela se junta a outros ambulantes que já ocupavam o espaço há alguns anos. De fato, a movimentação do comércio no local é muito maior no período noturno, se comparado aos outros dois turnos: matutino e vespertino.

Os ambulantes afirmam que "preferem trabalhar à noite não somente porque os alunos são a maioria em relação aos outros períodos, mas também devido à  fiscalização, que em conjunto com a administração de Brasília, é mais atuante no período diurno". Segundo eles, a administração não pode regularizar a venda de seus produtos no local porque a universidade está localizada em área tombada.

No caso de Conceição, ela há três meses, vem solicitando uma autorização para poder trabalhar mais tranquila, e até mesmo chegou a agendar reuniões e encontros com o próprio administrador, sem sucesso.

Ela mora em Samambaia e mexe com esse tipo de comércio há mais de cinco anos. Antes vendia para escolas particulares de Taguatinga, mas somente para professores.

Os clientes de Marlene afirmam que nunca viram outra pessoa vender os mesmos produtos que ela oferece em seu cardápio. Por isso, em apenas 3 semanas no local, já acumula elogios. Um deles vem de Suéllem Siqueira, de 20 anos, que é  estudante da Universidade Paulista.

A aluna disse que, antigamente, jantava no subsolo da universidade todos os dias nos intervalos. Mas que, agora, ao saber pelos amigos sobre o que a comerciante vendia,  prefere as 'famosas' lasanhas dela.

Com o número crescente de clientes que a preferem,  Marlene afirma que, brevemente, disponibilizará uma barraca para a venda de seus produtos. E, assim, facilitará as vendas nos períodos de chuva e dará mais conforto para seus clientes.

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