quinta-feira, 19 de maio de 2011

Corban Costa fala como foi ficar preso no Egito

"O jornalismo caiu no meu colo", afirma Corban Costa
Foto: F. Stuckert
 “O jornalismo caiu no meu colo”. Foi com essa frase que o jornalista da Rádio Nacional, Corban Costa iniciou sua palestra nesta quinta-feira (19) durante a Jornada de Jornalismo da Unip 2011.

Costa estava no sétimo semestre do curso de administração quando descobriu que não era essa carreira que queria seguir. Depois de algum tempo, resolveu abandonar a rotina administrativa e fazer outra faculdade. Entre economia, contabilidade e comunicação, Costa optou pela comunicação e diz não se arrepender.
O jornalista contou as várias situações difíceis pelas quais passou por causa da profissão. Foram desde viagens com o ex-presidente Fernando Collor de Melo, desapropriação de garimpos em reservas indígenas, à cobertura durante a guerra civil na Angola. "Quando você é jornalista e aceita desafios, você pode ultrapassar o racional e arriscar sua vida, vai de cada um", ressalta.

Prisão Egito
A mais recente aventura internacional que Corban Costa viveu foi em março deste ano. Com uma pauta para cobrir o Fórum Social em Senegal, e uma mudança de itinerário, Costa foi parar no Egito apara acompanhar o desenrolar da revolta popular contra o ex-ditador Hosni Mubarak.
Corban Costa foi com o colega Gilvan Rocha noticiar a crise política. Assim que desembarcaram no aeroporto tiveram seus equipamentos apreendidos. Antes de conseguirem chegar ao hotel, os jornalistas foram barrados por policias, vendados e levados à delegacia, onde ficaram presos por 48 horas.
Para ele essa experiência tanto marcou a sua carreira, como também serviu para que  pudesse perceber os seus limites. "Nunca rezei tanto na vida. Temi pela minha vida cinco vezes, as cinco vezes eu rezei", relembra.
Assim que foram liberados, Costa e o colega tiveram que deixar imediatamente o Egito. O jornalista diz não acreditar que voltou ao Brasil sem nenhuma noticia, mas sendo a noticia.
Costa deixa a receita: as três coisas fundamentais a se saber para a superação de surpresas que possam aparecer durante uma cobertura jornalística é a preparação intelecto, física e espiritualmente.  Essa lição foi aprendida por ele na prática.

Por: Raysa Soares
Edição: Renata Moreira e Suélem Santos

Um comentário:

  1. Este é um dos profissionais em quem vocês futuros repórteres devem se espelhar. Baita repórter!

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